BACTERIOLOGIA
Tradução: Myres Hopkins e
Paulo Eduardo Moretti
CAPÍTULOS
As bactérias, juntamente com as algas cianofíceas, são células
procarióticas. Isto é, em contraste com as células eucarióticas, elas
não possuem núcleo e o material genético se apresenta restrito a uma
área do citoplasma chamada nucleóide. As células procarióticas também
não possuem compartimentos citoplasmáticos como mitocôndrias e
lisossomos, os quais são encontrados nos eucariotos.
Entretanto, uma estrutura que é encontrada em procariotos mas não em
células animais eucarióticas, é a parede celular, a qual permite a
bactéria ser resistente ao estresse osmótico. As paredes celulares
diferem em complexidade e as bactérias são normalmente divididas em dois
grupos principais: organismos Gram positivos e Gram negativos, os quais
refletem a estrutura da parede celular. A presença da parede celular, a
qual não faz parte das células animais, é responsavel pelas diferenças
na sensibilidade a antibióticos observadas entre as células
procarióticas e eucarióticas. Procariotos e eucariotos também diferem em
algumas importantes vias metabólicas; em particular no metabolismo
energético e muitas espécies bacterianas podem adotar uma existência
anaeróbica.
Nesta sessão, nós iremos estudar a estrutura de
células bacterianas típicas e as formas pelas quais elas obtém energia a
partir de moléculas orgânicas complexas. Vários aspectos da estrutura
bacteriana e do metabolismo formam a base para a identificação de
bactérias e sua taxonomia. As bactérias estão constantemente acumulando
mutações e o meio ambiente impõe uma forte pressão seletiva nas mesmas.
Desta forma, as bactérias evoluem rapidamente e constatemente. Além
disso, elas trocam informação genética, geralmente entre membros da
mesma espécie, porém, ocasionalmente, essa troca pode ocorrer entre
membros de espécies diferentes. Nós iremos ver como isto ocorre.
As bactérias possuem parasitas: vírus chamados
bacteriofágos, os quais são parasitas intracelulares obrigatórios que se
multiplicam dentro da bactéria ao utlilizar parte ou a totalidade da
maquinária biosintética do hospedeiro. Eventualmente, eles rompem a
célula bacteriana infectada, liberando novas partículas fágicas
infectantes. A inter-relação entre as bactérias e os fagos sera aqui
investigada.
Finalmente, nós iremos estudar os aspectos gerais da patogênese
bacteriana, isto é, como as bactérias afetam o organismo do hospedeiro,
antes de estudarmos uma variedade de doenças humanas causadas por
bactérias.
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