Efeito
citopático (CPE)
A presença do virus frequentemente gera mudanças morfológicas na célula
hospedeira. Qualquer mudança detectável na célula hospedeira devido à infecção é
conhecida como efeito citopático. Efeitos citopáticos (CPE) consistem na
curvatura da célula, desorientação, inchaço ou murchamento, morte, destacamento
da superfície, etc.
Muitos virus induzem
apoptose (morte celulas programada) nas células infectadas. Isso pode ser uma
parte importante da defesa da defesa da célula hospedeira contra um virus –
morte celular antes de completar o ciclo de replicação viral pode limitar o
número de descendentes e o espalhamento da infecção. (Alguns virus demoram ou
impedem a apoptose – dando a eles mesmos a chance de replicarem mais virions.)
Alguns virus afetam a
regulação da expressão dos genes da célula hospeira, o que pode ter importantes
resultados tanto para a habilidade de crescimento do virus, como em termos do
efeito na célula hospedeira.
Os efeitos citopáticos
produzidos por virus diferentes depende do virus e das células em que eles
crescem. Isso pode ser usado no laboratório de virologia clínica para ajudar na
identificação de um isolado viral.
Testes de
unidades formadoras de placas
O efeito CPE pode ser
usado para quantificar partículas infecciosas virais pelo ensaio de formação de
placas (figura 5).
As céluas são crescidas
em uma superfície plana até formarem uma unicamada de células cobrindo uma
garrafa de cultura ou placa de Petri. Elas são infectadas com o virus. O meio de
cultura líquido é substituido por um meio semi-sólido de forma que qualquer
partícula viral produzida como resultado de uma infecção não possa ultrapassar
os limites do local de sua produção. Uma placa é produzida quando uma partícula
viral infecta uma célula, replica e depois mata a célula. As células que a
rodeiam são infectadas pelo virus recém replicado e também são mortas. Este
processo se repete várias vezes. As células são então coradas com um corante que
cora apenas células vivas. As células mortas na placa não se coram e aparecem
como áreas descoradas em um fundo de cor. Cada placa é resultado de uma infecção
de uma célula por um virus seguido da replicação e espalhamento daquele virus.
Entretanto, virus que não matam células não produzem placas.
Ensaios para
virus
Alguns métodos (ex.
Microscopia eletrônica) permite contar todos os virions mas não são informativos
quanto à infectividade. Outros métodos (ex. hemaglutinação) são medidas menos
sensíveis de quantos virus estão presentes, mas não são informativos quanto à
infectividade. Outros métodos, ex. Teste de placas, mede o número de partículas
infecciosas.