x |
x |
|
|
DOENÇAS
INFECCIOSAS |
BACTERIOLOGIA |
INMUNOLOGIA |
MICOLOGIA |
PARASITOLOGIA |
VIROLOGIA |
INGLÊS |
BACTERIOLOGIA – CAPÍTULO CINCO
ANTIBIÓTICOS QUE AFETAM O ENVOLTÓRIO CELULAR
Dr Alvin Fox
Emeritus Professor
University of South Carolina School of Medicine
Tradução: Dr.
Myres Hopkins
|
ALBANES |
ESPAÑOL |
PERSA |
|
ESCOLA DE MEDICINA DA
UNIVERSIDADE DA CAROLINA DO SUL |
Dê a sua opinião
CONTATO |
|
|
|
APRENDA PLUGADO |
|
PALAVRAS CHAVE
Esterilização/desinfecção/ antissepsia
Antibiótico
Toxicidade seletiva toxicidade
Bactericida
Bacteriostático
Concentração mínima inibitória (CIM)
Teste de susceptibilidade
Proteínas ligadoras de penicilina (PLPs)
Autolisinas
Cicloserina
Bacitracina
Vancomicina
Beta-lactâmico
Penicilinas
Cefalosporinas
Monobactamas
Ácido clavulínico
Penicilinase/beta-lactamase
Resistência à polimixina B |
ESTERILIZAÇÃO
Esterilização se refere à morte (ou remoção) de TODAS as
bactérias de maneira não seletiva. Por exemplo, autoclavagem envolvendo
aquecimento de líquidos (ex. meios) ou sólidos a 121oC sob pressão de vapor. Os
materiais devem ser resistentes ao calor. Óxido de etileno é às vezes usado em
hospitais para equipamentos que não podem ser aquecidos. Filtros de membrana têm
poros que detém bactéria, mas permite que drogas e pequenos compostos passem
através dos mesmos; portanto filtros pré-esterilizados podem ser usados para
esterilizar soluções delicadas. Luz UV é usada para diminuir os níveis
bacterianos em superfícies tais como em salas de cirurgia; entretanto não é
totalmente eficiente. Radiação ionizante é mais eficiente e pode ser usada para
esterilizar instrumentos e alimentos.
Desinfetantes (ex. baseados em fenol) podem ser úteis para matar muitas
bactérias em certos instrumentos, mas não podem ser usados para consumo interno
ou na pele. Antissépticos (ex. Iodo ou álcool 70%) são usados topicamente (ex.
na superfície da pele) para reduzir a carga bacteriana.
ANTIBIÓTICOS
Ao contrário, antibióticos são agentes que são “seletivamente”
tóxicos para bactéria (matando-as [bactericida] ou inibindo seu crescimento [bacteriostático]
sem prejuízo para o paciente. Eles podem dessa forma ser ingeridos. Por
definição, esses compostos devem atuar em estruturas encontradas em bactéria,
mas não no hospedeiro. Antibióticos funcionam mais efetivamente em conjunção com
um sistema imune ativo para matar bactérias que infectam o hospedeiro. Após o
isolamento de colônias puras ( veja Bacteriologia
aula 2), a susceptibilidade de isolados bacterianos pode ser testada diante
de uma variedade de antibióticos. A concentração inibitória mínima (CIM) refere-se
à menor concentração de um antibiótico que pára o crescimento visível. Mais
simplesmente, a zona de inibição ao redor do disco impregnado com antibiótico
(Kirby-Bauer) é uma outra medida da atividade do antibiótico.
INIBIDORES DA SÍNTESE DE PAREDE CELULAR
Uma classe importante de antibióticos inibe a síntese do
peptidoglicano (figura 1). Uma vez inibida a síntese de parede celular (envolvendo
proteínas ligadoras de penicilina), autólise enzimática da parede celular pode
ocorrer. Na ausência da influência retentora da parede celular a elevada pressão
osmótica dentro da célula rompe a membrana interna/ou externa da bactéria.
Portanto esses antibióticos são geralmente bactericidas. Alguns mecanismos estão
envolvidos na inibição da síntese do peptidoglicano:
(1) Os dois aminoácidos terminais de uma
cadeia lateral do peptidoglicano são aminoácidos não usuais (D-alanina ao
contrário do seu isômero L-alanina). O antibiótico cicloserina é um análogo
da D-alanina e interfere na conversão enzimática da L-alanina em D-alanina
no citoplasma. Portanto a síntese subseqüente do peptidoglicano não pode
ocorrer.
(2) A subunidade do peptidoglicano (que contém uma cadeia lateral e um
peptídeo ligado e que é usado na formação da ponte cruzada) ultrapassa a
membrana citoplasmática ligada ao undecaprenol-difosfato. Depois que o
monômero de peptidoglicano nascente deixa o carreador e chega à parede
celular, o undecaprenol-difosfato é desfosforilado a sua forma monofosfato.
Bacitracina inibe a reação de desfosforilação e na ausência do carreador
monofosforilado a síntese da subunidade do peptidoglicano pára.
|
|
Figure 1 Cross-linking of peptidoglycan
Figure 2 Structure of penicillin
|
(3) A etapa final na síntese do
peptidoglicano envolve a ligação da porção açúcar da subunidade do
peptidoglicano ao esqueleto de glicano no polímero de parede celular
existente. A ligação-cruzada da porção peptídeo da subunidade ao peptídeo na
parede celular então ocorre. Durante esse processo D-alanina é
enzimaticamente excisada do terminal de uma cadeia lateral peptídica
preexistente permitindo que a mesma realize ligação-cruzada (através de nova
ponte peptídica) à subunidade de peptidoglicano recentemente sintetizada.
Vancomicina liga-se à D-alanina-D-alanina inibindo, portanto a
transpeptidação (ligação-cruzada).
(4) Os antibióticos beta-lactâmicos incluem penicilinas (ex. ampicilina),
cefalosporinas e monobactamas. Eles se ligam e inibem enzimas (proteínas
ligadoras de penicilina) envolvidas na transpeptidação (ligação-cruzada) do
peptidoglicano. Esses antibióticos têm em comum o anel lactâmico de quatro
membros. Ligados ao anel lactâmico, as penicilinas têm um anel adicional de
cinco membros e cefalosporinas um anel de seis membros. Monobactamas
consistem em um anel lactâmico sozinho e exibe atividade antibiótica.
|
Figure 3 Resistance to beta
lactams - Gram-negative bacteria
Figure 4 Resistance to beta
lactams - Gram-positive bacteria |
PENICILINA
Penicilina é produzida pelo fungo Penicillium
chrysogenum. Durante a fermentação o fungo forma ácido 6-amino penicilânico, que
tem um anel tiazolidinico e um anel beta-lactâmico fusionado (figura 2). Este,
entretanto, é um ácido lábil e sujeito a degradação por enzimas bacterianas.
Derivados mais estáveis são bioquimicamente produzidos de forma que além da
estabilidade aumentada, eles são mais bem absorvidos no trato gastrointestinal e
têm um efeito bactericida de maior espectro.
Várias cadeias químicas laterais têm sido ligadas sinteticamente às estruturas
de anéis produzindo um grande número de antibióticos com propriedades diferentes
no hospedeiro. Muitas penicilinas (figura 2) exibem pouca atividade contra
bactéria Gram negativa, uma vez que eles não penetram a membrana externa.
Cefalosporinas e outras penicilinas mais novas são ativas contra bactéria Gram
negativa, uma vez que elas podem penetrar a membrana externa. Outras penicilinas
quimicamente modificadas têm baixa taxa de eliminação pelo paciente; diminuindo
a freqüência de administração dessas drogas.
Penicilinas podem ser destruídas pela lactamase (penicilinase) produzida pelas
linhagens bacterianas resistentes (figura 3). O ácido clavulínico também tem um
componente beta-lactâmico que se liga fortemente a beta-lactamases, inibindo sua
atividade. Esta é usada em conjunção com certas penicilinas permitindo seu uso
contra outros tipos de bactérias resistentes. Outra forma de resistência envolve
a mudança na estrutura das proteínas ligadoras de penicilina de tal forma que o
antibiótico não se liga eficientemente (figura 4). No caso da bactéria Gram
negativa, penicilinas passam através da membrana externa usando porinas. A
resistência pode se desenvolver a partir de mutações que produzem porinas
modificadas.
|
|
Figure 5 Structure of polymyxin |
POLIMIXINA B
Polimixina B (figura 5) liga-se à porção lipídeo A
do lipopolissacarídeo e também aos fosfolipídeos. Entretanto, ela se liga
preferencialmente ao lipídeo A. Isso rompe a membrana externa da bactéria Gram
negativa. Uma vez que a membrana celular não é exposta em bactéria Gram positiva,
a polimixina tem pouca atividade contra elas. Esta droga é tóxica para células
humanas, uma vez que ela também pode lisar membranas eucarióticas; isso explica
seu uso clínico limitado.
|
|
Retorne à Seção de Bacteriologia de Microbiologia e
Imunologia On-line
Esta página foi traduzida do original em inglês por Myres MTR Hopkins, PhD
em Ciências (Genética – Universidade de São Paulo) e é mantida por Richard
Hunt
Por favor, relate quaisquer problemas para
mmtr5@hotmail.com
|